Perguntei-lhe se a podia ajudar. Apenas isso, pois se a forçasse um bocadinho talvez se pusesse a chorar.
Desgrenhada e obstinada, para mascarar a verdade, manteve-se em silêncio.
Ao contrário de um tal Ferreira da SICN que só diz mentiras e não mascara nada, nem o apego aos banqueiros, nem o ódio aos pobres.
Para a distrair ou para a fascinar fiz como alguns jornalistas portugueses, exemplos do atrás referido:
Inventei uma porrada de noticias, ludibriei outras, omiti outras tantas, etc. e tal, que o rol é longo e extenuante.
Enquanto as ouvia, a solidão, para se concentrar, enfardou duas maçãs.
Quando chegou ao fim, despediu-se com um sorriso inútil.
É muito difícil descrever uma solidão perdida, mas presa, desconfiada, e de alguma forma saqueada por obsessões que dão cabo dos nervos.
Hoje encontrei uma pequena solidão perdida entre milhares de solidões.
Ainda não sei se ela foi produto de uma noite mal dormida ou um reflexo da bebedeira da noite passada.
O que achas querida que não tenho?
Dancemos?