Estas frotas de automóveis servirão, ainda, como central de distribuição eléctrica, tornando-se parte de uma rede eléctrica inteligente, ou “enernet”. Enquanto estão estacionados e ligados a esta rede, as baterias de milhares de veículos poderão armazenar eletricidade distribuindo-a mais tarde.
Quando o preço baixar dos actuais 150.000 Usd[1] estes veículos formarão frotas colectivas ao nível dos municípios, das regiões ou, mesmo, das nações. A partir desse ponto, deixaremos de ser proprietários de um automóvel ou passageiros de um Uber… Seremos apenas usufrutuários desta frota.
Isto provocará a elevadíssima perda de postos de trabalho. O condutor de camião, o taxista, o trabalhador das indústrias automóveis e relacionadas, entre tantos outros, verão os seus postos de trabalho cair. Esta diminuição arrecadará cada vez mais problemas para o Estado (menos impostos) e para as empresas (menos consumo). Em breve ser servido por um ser humano qualificado será um enorme luxo. A máquina pode fazê-lo mais economicamente mas sem o toque humano.
Haverá outras vantagens para a economia. Redução dos níveis de poluição. Menos atrasos, custos mensais mais baixos, aumento da qualidade de vida dos cidadãos. Os transportes comunitários autónomos representarão uma forma muito mais segura de viajar libertando o ex-condutor para o lazer, descanso ou produtividade.
Agora só falta saber quem vai ganhar com tudo isto. Se, realmente, o Estado, ou os operadores privados detentores do monopólio da tecnologia.