Poema de Delmar M. Gonçalves
“Versos”
Quando souberes
de que lixeira
nascem os versos solitários
sem vergonha,
como uma flor seca na cerca
como um cacto espinhoso
como um cogumelo venenoso
um grito de fúria
sangue a jorros
alcatrão com cheiro fresco
ácaros entranhados em lençóis
bolor escondido na parede…
Então sim
a poesia já soa fervente
rebelde, terna, doce
para meu gáudio
In “Entre Dois Rios com Margens”
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