Os furacões Harvey e Irma receberam muita atenção nos meios de comunicação social dos EUA. Os danos nos EUA receberam bastante cobertura, como deveriam. Poucos apontaram a contradição entre as políticas anti-estado e anti-ciência social destes estados e os pedidos de ajuda federal. Outra contradição que foi observada, é a de que muitos dos que apoiam políticas anti-acesso ao aborto chamam-se pro-vida mas têm ignorado as mortes e o sofrimento devidos aos terremotos no México e Guatemala e dos furacões no Caribe.
O presidente Trump não tem projectado sentimentos de solidariedade aos seus vizinhos, como o México que enviou ajuda depois do furacão Harvey. Com um orçamento militar de mais de 700 mil milhões anuais, o presidente Trump continua uma política de reduzir despesas sociais, apoios aos estados, cortes de impostos aos mais ricos, redução de protecções ambientais e de saúde, ataque à saúde e seguro de saúde e segurança social como direitos e à ciência climática.
Os meios de comunicação social e os “líderes” dos EUA mostram que entendem que a vida dos pobres Americanos vale menos; que a vida nos seus territórios coloniais como Puerto Rico e American Virgin Islands vale ainda menos; e que a vida em St Maarten…? Onde…??
Há uma assimetria, um triple standard: Americanos Cadillac, Americanos Calhambeque e… Quem? E claro que o Porto Rico está a ser vítima da privatização tal como New Orleans depois do Katrina.
Imagem de destaque: New York Magazine