Dar e receber são um só, na verdade. Tudo o que dou, dou a mim mesmo. O sorriso que dou, o amor que dou, a paz que dou, a gentileza que dou, o compromisso que dou, a irritação que dou… O erro está em não perceber isso mesmo. Se o tivéssemos já entendido o mundo estaria de outro jeito… Por que seria diferente no tempo passado em comunidade, no trabalho, nas salas de aula e, por que não dizê-lo, em família?
O que trazemos ao mundo e o que dele levamos é tão somente: a humanidade. Por isso na origem somos o imaterial. A consciência que nos anima em vida e , acredito, o único recurso que levaremos para uma próxima existência é, também ela, imaterial. Dessa forma, viemos ao mundo de mãos vazias , retornando do mundo de mãos vazias.
Lembro que quando compramos ou vendemos, bens ou serviços, estamos, igualmente, reféns do imaterial. A mente dos clientes e consumidores repousa na dimensão inconsciente da relação. A confiança, a segurança e a proximidade são , no final, elementos imateriais constitutivos da tão procurada fidelização.
Se o que compramos e vendemos são relações, então investir no imaterial é o passo seguinte para as instituições que querem aumentar a proximidade com todos os seu públicos relacionais.
Justificando-se, deste modo, a minha obsessão pelo bem-estar organizacional. Matéria que deveria fazer parte de todos os curricula dos cursos da área de negócios .