“Villa Medici”, de Diego Velázquez. Velázquez não pintava o que via, mas como via.
Pode ser da antinomia entre a realidade e a visão que os olhos de Velázquez constroem uma pintura como que intangível. Ela não provém de nenhuma realidade do quotidiano, mas antes dando a impressão que ela provém do simples aparecimento. A visualidade do grande mestre é mesmo motivo de especulação face ao seu aparelho óptico, que se admite poder ter tido alguma deficiência e, assim, conseguir sem esforço, este “olhar” novo e superlativo na História da Pintura.
Esta obra-prima da autoria do maior de todos os pintores de todos os tempos, no dizer do admirável Picasso, atinge uma tal magnitude no conjunto da sua obra total, que permite acentuar uma atmosfera vaporosa de um instante. Aqui «começa a verdadeira musicalidade na pintura». Velázquez não pintava o que via, mas como via. Em nenhum momento a sua pintura nos dá ideia daquelas formas parecerem naturalistas, mas provindas, antes, de uma simples batida de vento (por exemplo), inalcançáveis e de mera contemplação.
Informação adicional
Artista: Diego Velázquez
Título: Vista del jardín de la Villa Médicis
Dimensões: 83,5 cm x 61,4 cm
Material: Óleo sobre tela
Criação: 1630
Local: Museu do Prado, Madrid, Espanha
Período: Barroco
Nota de edição
Diego Velázquez
1599-1660
Diego Rodríguez de Silva Velázquez nascido em Sevilha, foi um pintor espanhol.
Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista. Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus.
Desde o primeiro quarto do século XIX, a obra de Velázquez foi um modelo para os pintores realistas e impressionistas, em especial Édouard Manet que chegou a afirmar que Velázquez era o “pintor dos pintores”.
A grande maioria dos seus quadros estão no Museu do Prado.
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