“Vindimas”, de Cipriano Dourado. Cipriano Dourado foi um dos pioneiros da gravura portuguesa e membro fundador da «Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses» (1956).
A mulher e a terra são temas indissociáveis da obra de grande sensibilidade poética do mestre, que optou quase sempre pelo lado figurativo.
Durante o fascismo salazarista (1953) participou no que ficou conhecido como “Ciclo do Arroz” juntamente com A. Redol, J. Pomar, R. Ribeiro, Alice Jorge e António Alfredo. Avançaram para os campos do Ribatejo ao encontro dos trabalhos árduos da labuta campesina, para melhor compreenderem um mundo de suor contínuo e de parca recompensa.
Cipriano Dourado
Artista plástico admirado e muito querido na Resistência, sempre ao lado das causas contra o fascismo, teve intensa actividade como gravador. Foi um dos pioneiros da gravura portuguesa e membro fundador da «Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses» (1956).
Nasceu na Beira-Baixa, em Mação, Penhascoso, a 8 de Fevereiro de 1921, porque seus pais, então residentes em Lisboa, quiseram que os filhos nascessem na sua terra natal. Faleceu em Lisboa, a 17 de Janeiro de 1981.
Cedo começou a trabalhar como desenhador-litógrafo, mas o seu talento e vocação para as artes plásticas levaram-no a frequentar, anos mais tarde, a Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, como aluno do curso nocturno.
A mulher e a terra são as temáticas mais recorrentes da sua obra, que se enquadra no movimento estético neo-realista, com influências líricas. Na sua obra a mulher ocupa um lugar central, é uma presença quase constante: a trabalhadora do campo, seja a ceifeira, a mondadeira, e a mulher/maternidade.
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