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João de Sousa

Segunda-feira, Novembro 4, 2024

Violência, abuso de poder, peculato, xenofobia, racismo em Vale de Judeus… continua?

Do SOS Racismo publicamos a seguinte nota de imprensa que contem motivos para séria reflexão, preocupação e, caso se confirmem medidas de correcção imediatas.

A 26 de Dezembro O SOS Racismo divulgava, em comunicado à imprensa, mais de duas dezenas de queixas do que se está a passar na prisão de Vale de Judeus.  Também apresentou queixa à Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial.

Como resultado, um órgão de imprensa divulgou estas queixas e segundo o próprio jornal os “Serviços Prisionais estão a estudar forma de ter registo próprio de denúncias de racismo que até agora ficavam diluídas noutras ocorrências”.

Porém, os actos de racismo, xenofobia e violação dos direitos humanos continuaram como se nada fosse, como se pode comprovar pelos relatos que nos estão a ser enviados com uma frequência preocupante e que estão transcritos mesmo a seguir a estas linhas. Agressões racistas, tortura de sono e tudo o que podem ler, continuaram…

Ora o que é importante é saber o que está a ser feito para travar estes actos de prepotência e violação dos direitos humanos. São actos de tortura e violência racista. Falamos de atentados à integridade física que têm de ser parados e os culpados devem ser incriminados.

Se depois da divulgação pública do que se estava a passar, as agressões continuam, pergunta-se: o que faz a direcção da cadeia? E o que fazem as autoridades fiscalizadoras?

Não estamos a falar apenas de buscas, consultas ou dinheiro que não é dado aos reclusos. Sobre as agressões, a violência racista, nada foi dito.

Há uma impunidade em Vale de Judeus? Há conivência da direcção da cadeia e dos Serviços prisionais? E o Ministério da tutela? E que passos já começou a dar o Alto Comissário para as Migrações?

O SOS Racismo continuará  a divulgação do que vai acontecendo em Vale de Judeus para que se tomem medidas e que os culpados da xenofobia, do racismo e da violação dos mais elementares direitos sejam punidos.

Os reclusos continuam a apelar  para que se faça qualquer coisa para repor os direitos humanos naquela prisão. Apelam a quem de direito que tenha em conta o que lá se passa e tome medidas em conformidade com a violação dos seus mais elementares directos.

A JUSTIÇA soube condená-los e agora recusa-se a actuar perante estas violações, perante estes crimes?”

 

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